Fujama promove palestra voltada a profissionais da Saúde

Conduzido pelo biólogo Christian Raboch o evento focou mais em características de animais peçonhentos e venenosos e formas de prevenção para evitar acidentes com estas espécies

Mais de 30 profissionais das equipes de Zoonoses e Vigilância e Saúde assistiram a uma palestra promovida pela Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) no auditório do Coapes, nas dependências da Prefeitura. Conduzido pelo biólogo da autarquia, Christian Raboch, o evento focou mais em características de animais peçonhentos e venenosos como serpentes, aranhas, lagartas, escorpiões, entre outros, assim como formas de prevenção para evitar acidentes com estas espécies.

Segundo o biólogo, 40% do território de Jaraguá do Sul é composto por floresta, no qual, muitos animais costumam aparecer em áreas habitadas, sendo que alguns deles podem ser venenosos e peçonhentos. “É importante diferenciar os dois tipos. Normalmente o peçonhento é aquele que possui mecanismos para inocular o veneno na vítima na hora do bote, como é o caso das serpentes que possuem presas especializadas para isso. Já o venenoso, como a lagarta por exemplo, liberam a toxina de forma passiva, geralmente por contato, ingestão ou compressão”, explicou.

De acordo com ele, as espécies de cobras venenosas com potencial de acidentes com humanos são as dos grupos botrópico (o qual pertence espécies como jararaca e jaracuçu), crotálico (cascavel), laquético (surucucu) e elapídico (cobra coral). Além das serpentes, Raboch também discorreu sobre outras espécies como aranhas, lagartas e escorpiões que também trazem certo risco à saúde humana. “O escorpião amarelo, por exemplo, não é naturalmente encontrado em nossa região, acabou sendo trazido da região Sudeste, escondido em caminhões de cargas e mudanças, e encontrou um ambiente propício para se procriar”.

Embora o foco seja mais voltado à área de saúde, Christian Raboch, explicou que a palestra segue no mesmo formato que já é apresentado nas escolas e empresas do Município. “Hoje falamos com profissionais que geralmente trabalham na rua, em locais nos quais é propício ter contato com este tipo de animal. No entanto, a gente também fala sobre questão da preservação das espécies para manter o equilíbrio da natureza”. Ele citou como exemplo, a caninana, serpente não peçonhenta, mas que assusta pelo tamanho, podendo ultrapassar dois metros de comprimento. “Ela também é conhecida como ‘rateira’ justamente por se alimentar de ratos que transmitem doenças aos humanos. Outra espécie importante é o gambá. “Muita gente não sabe, mas um de seus principais alimentos são cobras como a jararaca, sendo ele imune ao veneno delas”.

Ao final, o biólogo fez uma breve exposição do trabalho de resgate de fauna, com imagens de alguns espécimes socorridos como tamanduás, cachorros-do-mato, gato-maracajá, corujas, dentre outros. “A Fujama está à disposição para promover palestras em escolas, empresas, entre outras entidades. Para isso basta agendar por meio do seguinte telefone (47) 3273-8008.”

 


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